terça-feira, 1 de junho de 2010

Um pouco sobre: O antes, meio e o final de estágio



Para irmos para o estágio foi necessário nos estagiários fazermos uma pesquisa, para termos o diagnóstico dos alunos que iríamos lecionar. Foi muito bem preparado, eu e Thiara (minha dupla) fizemos a entrevista para assim termos um diagnóstico sobre a realidade dos alunos.
Logo após chegou o momento de construirmos um projeto, sobre o que sabemos, o que queremos e como fazermos. Foi um projeto com o intuíto do desenvolvimento da leitura e da escrita, por título Ler e Escrever: Quero cantar e aprender, um projeto de músicas de vários gêneros como, MPB, AXÉ, SERTANEJO, FORRÓ, com letras reflexivas. Cada música tinha intervenção, a fim de despertar no aluno um senso critico e desenvolver a aprendizagem.
O estágio apesar de cansativo, foi prazeroso e bastante importante e essencial para nossa caminhada. Chegando aos últimos dias cada dupla de estagiários ficaram responsáveis com as apresentações da sua turma. Eu e Thiara, ficarmos com o gênero MPB, e por escolha dos alunos, trabalhamos com a música Pais Tropical de Jorge Bem Jor.



Desenvolvemos com os alunos uma aula sobre a temática da música, onde os alunos pintavam, representando a melodia, ou seja, o que compreenderam na música. Também foi apresentado no auditório a compreensão do gênero MPB e coreografia da música.
Momento único, marcante, bastante agradável e cheio de aprendizagem.

Os Momentos do Estágio



A primeira semana do estágio no IERP foi mais um momento desafio, confiança, perseverança e crescimento na minha vida. Primeiramente eu fiquei ansiosa, com “medo”, nervosa em estar atuando na sala de aula, apesar de ser dupla (Thiara), estes foram os anseios que tive ao começar o estágio.
Mas, foi sem duvida, uma ponte que apareceu (muitas virão) na minha trajetória, e que graças a Deus e a todos os amigos eu atravessei.
Fique surpresa com a realidade da escola( uma coisa é você ouvir falar e outra é você participar, presenciar), uma realidade difícil de aceitar, um momento de indignação ao descobrir a verdadeira mascara da educação.
Infelizmente alunos que não querem nada com a vida e não quer ser nada, não tem perspectiva, não tem motivação alguma de estar na escola, dentro da sala de aula.
Não devemos questionar quem é o culpado, se é que existe, mais é um momento de todos juntos, o corpo docente, a família, a sociedade, o governo, enfim, todos lutar por uma educação melhor. A escola deve inserir a família dentro da instituição educacional, levar os pais a estar participando do que ocorre dentro da instituição, porque é triste, vergonhoso ao vermos a verdadeira realidade da escola.

E no decorrer das semanas...




No decorrer das semanas a realidade era pior, os fatos eram revelados e cada vez me chocando, me entristecendo, pois os alunos não têm esperança, intenção de estar indo para a escola. Alguns estão na escola por obrigação, outros para passar o tempo, os que querem alguma coisa são pouquíssimos.
Também não posso deixar de relatar, sobre alguns alunos que infelizmente, faltam muito por necessidade, tem que trabalhar, fazer faxina, tomar conta da casa, pois a mãe precisa trabalhar e esses alunos optam pelo trabalho, pelo alimento, porque precisa ganhar o dinheiro para ajudar no sustento da família, sem poder dá mais credibilidade aos estudos, a educação.
Nestes momentos de estágio, pude analisar quanto existe uma lacuna na educação. Lacuna esta que a cada dia que passa aumenta mais a falta de compromisso, tanto dos educadores, quanto dos educando.
A educação está precisando urgente de ajuda, de socorro! E quem está disposto a ajudar?
Eu, você, nós, a sociedade, os educadores, os responsáveis pela instituição escolar, o governo?
É necessário uma grande reflexão sobre quem estar formando e como estar sendo formado, porque a sociedade está sofrendo as conseqüências da educação.
Também não posso deixar de falar, sobre a falta de estrutura do currículo, do curso de pedagogia, que deixa em nós estudantes a falta de aprendizado, pois a prática, a realidade, é muito, mais muito distante da teoria.
Apesar desta lacuna no curso de pedagogia, por questão do currículo, nos futuros pedagogos, tivemos a oportunidade de crescer e trocar conhecimentos com vários mestres que passaram por nossa turma. E uma dessas é Socorro Cabral, uma mestre, guerreira e especial professora orientadora que nos ajudou, nos ensinou muitas coisas, entre essas, que o professor deve ser pesquisador, reflexivo, e ser professor é um grande desafio.



Ao final do estágio sempre fica a saudade dos alunos, o convívio com os colegas de estágios e um pouco da experiência tanto dos estagiários, quanto dos professores da instituição escolar.
Foi um momento de crescimento muito importante para minha vida pessoal e profissional, que levarei por toda vida.